Hoje eu li uma mensagem no elevador do prédio que moro e fiquei curiosa. Era um convite de confraternização dos moradores. O predio tem apartamentos de um e dois quartos, fica num lugar bacana em BH e a grande maioria que mora aqui tem 35 anos pra cima. No app tinha a mensagem do cidadão que eu acredito que seja o idealizador do encontro. Ele é um advogado que aparentemente é bem sucedido, mora numa área privativa e tem uma Mercedes nova.
Pelo que sei, ele namora uma menina que mora também aqui. Fica cada um no seu apartamento. Ambos simpáticos, ele é mais conversado. Já é a segunda vez que rola algo do tipo, o primeiro porque sobrou cerveja de uma festa dele, agora um evento real oficial de confraternização.
O predio tem moradores que quase nao ficam em casa, como os apartamentos são pequenos, vejo que muita gente sai para viver (passear, encontrar com pessoas, comer, se divertir…). Ai vem a minha pergunta, e eles? O que fazem? Com Bia, nossa rotina mudou e praticamente o convivio é familiar intimo. Sinto falta sim dos meus amigos, de sair para comer, viajar. Antes dela faltava tempo (disposição e dinheiro) para um tanto de coisa que eu queria. Nunca pensei nesta vibe meio colegial de ter amizades no prédio que moro (que são 70 apartamentos, pense no mundo de gente…).
Será que eles não se encontram nas turmas que passam pela vida? Meus amigos são praticamente pessoas que conheci pela internet e hoje fazem parte da minha vida. Tem pessoas da academia e sim, fiz amizade aqui no prédio mas era uma pessoa que encontrava todos os dias. Ela mudou, infelizmente. Não sei se me sentiria a vontade de sentar e tomar cerveja com aquele folgado que nunca volta os aparelhos pro lugar na academia ou a dona que tem uns cachorros que latem o dia inteiro.
Será que eu não sei superar as diferenças? Ou ser superficial? Que tipo de relação as pessoas procuram hoje em dia? Tá muito dificil de ter amizade? Bora bolar um tinder de amigos, acho que vai ser sucesso.
Tinder de amigos pode ser uma, hein? E de mães de quiança pequena?!