Envelhecimento é pessoal (e intransferível)
E nem é a crise de idade, já deixo claro. Beleza? É que se trata de uma fofoca existencial.
Paula me mandou um whatsapp com uma fofoca existencial*. Sim, se vocês não conhecem, deveriam conhecer e fazer este tipo de fofoca. É a fofoca que nos faz refletir, principalmente sobre algo que vivemos. Conceito que eu inventei para justificar as minhas reflexões baratas sobre a vida alheia e a minha extremamente insignificante para a grande maioria da população.
O existencialismo é uma forma de investigação filosófica que explora o problema da existência humana e centra-se na experiência, vivida, do indivíduo que pensa, sente e age. Wikipédia)
Falávamos de umas três pessoas e no meio da conversa veio um texto da Cris Guerra em que ela fala do incomodo causado pelo envelhecimento com a vinda dos cabelos brancos (texto aqui, vale a leitura). Eu tenho poucos cabelos brancos, tenho conhecidos que ficaram grisalhos com 20 e poucos anos. O fator cabelo é relativo na minha visão.
Saímos da fofoca e partimos para nossa vidinha. Paula relatou a complicação da menopausa precoce e eu comentei do incomodo da palavra senhora na padaria enquanto uma outra mulher era você. Me senti com 70 anos. Simplesmente porque eu estava com Bia e ela sozinha. E eu conheço esta mulher e ela é mais velha que eu. O peso da idade chega para todos, mas de formas totalmente diferentes.
No final, a conclusão que chegamos foi que a vida é feita de marcos simbólicos e com o tempo (terapia ou fofoca estilo cabeção) nos ajudam a entender e aceitar. Ou não. O que eu sei que os estereótipos camuflam e prejudicam os processos naturais, complicando o que já é complicado.
Eu sei e me sinto bem com a minha idade, nunca me senti tão bem, tão adequada ao tempo e espaço. Estou trabalhando internamente estes possiveis chamados de “senhora, dona, tia…” como algo no processo de vida, adotando os pronomes novos com mais leveza. E cuidando da minha saúde física e mental para evitar mesmo os efeitos do tempo de forma tão pesada. Afinal o braço ficará curto uma hora e os hormônios começarão a ficar doidões em breve. E entenderei a Paula melhor ainda.
Não tem como pular, não tem como fugir, até dá para retardar. Mas como disse no titulo, é pessoal e intransferível. Ai a gente faz o que? Vive e fofoca kkk
Até a próxima!